Lição 08: Corpo, alma e espírito: instrumentos de adoração

Texto Áureo: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” 1Ts 5.23

 

Verdade Aplicada: O propósito principal de todo o nosso ser é adorar a Deus.

 

Textos de Referência: Sl 103.1-6

 

INTRODUÇÃO
O sacrifício diário de nosso corpo requer uma conduta e esse procedimento atrela-se a uma mente renovada que nos informa e faz experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de Deus para as nossas vidas.

 

1. ADORANDO A DEUS COM O NOSSO CORPO
O clamor apostólico de Paulo é oriundo das profundezas de Deus para o Seu povo (Rm 12.1, 2). O termo grego “parakaléo” tem o sentido de admoestar, encorajar e exortar. Era usado no grego clássico para exortação de tropas que estavam para ir à batalha.

 
2. A ADORAÇÃO QUE FLUI DE NOSSA ALMA
A alma é nossa identidade interior, nossa razão de ser. Todos os nossos sentimentos manifestos ou reservados estão atrelados a essa capacidade da alma que está em cada um de nós. É com essa compreensão que o salmista clama para dentro de si, despertando sua alma de uma “possível sonolência” no ato de bendizer a Deus.

 

3. AÇÕES ADORADORAS DO ESPÍRITO HUMANO
Tudo o que somos e o que podemos realizar se processa por causa do espírito que em nós habita (Jo 4.24). Ao pronunciar as bem-aventuranças, Jesus disse: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.” (Mt 5.3), deixando bem nítida a clareza de Sua grandeza e a nossa pequenez em relação a Ele.

 

CONCLUSÃO
A nossa adoração a Deus tem que ser em espírito e em verdade, isto é, com atitudes que se manifestam nas mais diversificadas situações; ao estender as mãos para os outros abençoando, bendizendo, e acima de tudo, sendo um referencial de Deus em todos os sentidos da vida.

 

Foco na Lição
20 de novembro 2016

Fonte: Revista Betel Dominical nº 101 4º. Tri/16 e Bíblia do Culto – Editora Betel.

Pastor Manoel Luiz Prates
E-mail: foconalicao@editorabetel.com.br
Se desejar, escreva-nos

Corpo, alma e espírito: instrumentos de adoração.

O sacrifício diário de nosso corpo requer uma conduta e esse procedimento atrela-se a uma mente renovada que nos informa e faz experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de Deus para as nossas vidas.

 

1. ADORANDO A DEUS COM O NOSSO CORPO
“ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. (Rm 12:1-2)

O argumento que Paulo usa para adoração é profícuo e pertinente. “A compaixão de Deus” é “oiktirmós”, misericórdia, compaixão que se origina do estado miserável de alguém que está em necessidade. A palavra compaixão é usada 240 vezes no Antigo Testamento e de forma especial no livro de Salmos.

O apóstolo Paulo usa esse termo por sua grande importância dentro do vocabulário teológico e ético do Antigo Testamento. Quando traduzido para o grego, recebe o nome de misericórdia, assim sendo, o uso mais comum nos fala de: força, firmeza e amor. Deus é rico em misericórdia (Ef 2.4; Lm 3.22).

O apóstolo demonstra a verdadeira essência da adoração neo-testamentária: “sacrifício vivo” e isto se configura na adoração através do nosso corpo como culto consciente, racional, inteligente, deixando morrer nossa natureza pecaminosa, mas permanecer vivos e não mortos.

“Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome.” (Sl 103.1). Podemos nos espelhar no clamor de Davi, quando evoca a si mesmo para bendizer ao Senhor, isto é, um clamor para dentro de si. O alvo final é cultuar a Deus, adorá-Lo. Toda a força e argumento do clamor tem um único objetivo: a adoração.

Essa adoração deve ser inteligente e racional, isto é, deve-se ter compreensão do que se faz. A Bíblia diz que o nosso corpo é:

  • uma casa (2Co 5.1);
  • um vaso (2Co 4.7);
  • um tabernáculo (2Pe 1.13);
  • um templo (1Co 3.16);
  • uma propriedade (1Co 6.19);
  • um membro de Cristo (1Co 6.15); e
  • um cálice de ouro (Ec 12.6).

Devemos adorar a Deus com o nosso corpo porque ele é o templo do Espírito Santo.

 

2. A ADORAÇÃO QUE FLUI DE NOSSA ALMA
A alma é nossa identidade interior, nossa razão de ser. Todos os nossos sentimentos manifestos ou reservados estão atrelados a essa capacidade da alma que está em cada um de nós. Vivemos em um mundo de infindos “gritos”, onde muitos casos revelam apenas ruídos de almas doentias, inclinadas aos seus individualismos e centralismos para satisfazer o imediatismo de naturezas caídas. A adoração deve ser em espírito e em verdade. É necessário compreender o que se entende por espírito.

Teologicamente falando é aquilo que nos torna conscientes de nós mesmos e nos capacita a nos relacionarmos com Deus. Deus é Espírito e nós somos espírito. Quando Paulo fala do relacionamento do Espírito de Deus com o ser humano, argumenta que Ele testifica com o nosso espírito de que somos filhos de Deus. (Rm 8.16).

Bendizer com gratidão é reconhecimento. É agradecer a Deus por tudo e reconhecer que tudo aquilo que temos e somos provém de Deus, pois sem Ele nada podemos fazer.

O salmista faz outra pergunta para si mesmo no Salmo 116.12: “Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito?”. Sua resposta para si mesmo é sensacional:

  • “tomarei o cálice da salvação” (Sl 116.13);
  • “invocarei o nome do SENHOR” (Sl 116.13, 17);
  • “oferecer-te-ei sacrifícios de louvor” (Sl 116.17);
  • “pagarei os meus votos” (Sl 116.18).

Um coração agradecido tem menos tendência de desviar-se e o cristão feliz e grato a Cristo não se deixa atrair por doutrinas estranhas e não se rebela contra Deus quando não alcança a bênção no tempo esperado.

A diferença entre graça e compaixão, no que se refere à pessoa de Deus, é que, na graça, o Senhor nos deu o que não merecíamos (Rm 6.23). Não merecíamos a vida eterna, mas pela graça de Deus a temos (Ef 2.8-9).

Quanto à misericórdia ou compaixão de Deus, Ele não nos deu aquilo que merecíamos: a morte eterna. É só com o indigno que a graça se preocupa. Há esperança de salvação para o pior indivíduo. Há salvação para sua família. Alegre-se.

Sejamos agradecidos por isso. Que Deus seja louvado por tão grande salvação. Em 1 Tessalonicenses 5.18 diz: “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.”. O cultivo da gratidão deve ser o nosso alvo permanente e este alvo deve ser atingido, ainda que nos custe algum sacrifício.

 
3. AÇÕES ADORADORAS DO ESPÍRITO HUMANO
Tudo o que somos e o que podemos realizar se processa por causa do espírito que em nós habita (Jo 4.24). Quando mazelas da mulher samaritana vieram à tona pelas palavras de Jesus, tudo mudou naquele momento. O diálogo de Jesus foi evoluindo até chegar ao espírito daquela mulher. Jesus viu nela uma pessoa carente, sofrida e com uma grande lacuna no seu espírito.

A maior necessidade daquela mulher era espiritual, pois logo abriu o seu coração para a questão da adoração (Jo 4.20). Quando o assunto se voltou para o espírito, virou-se a página e um novo argumento se iniciou: a grande carência dessa mulher estava na adoração verdadeira.

O mundo hoje cria, inventa, engendra deuses de todos os tipos para sanar uma necessidade espiritual que só se preenche com a adoração verdadeira. Toda essa linda história envolve atitudes. Deus não se isola e nem se emudece com as nossas quedas.

Jesus passa por Samaria para fazer um grande resgate. Assim como era necessário passar por aquela cidade (Jo 4.4), ainda hoje existem muitas “Samarias” precisando de um profeta.

Existe um pássaro chamado “bacurau”, também conhecido como “curiango”. Todas as vezes que o “bacurau” canta, entende-se a expressão: “Amanhã eu vou!”. Existem muitos crentes que nos lembram o canto do bacurau; estão dispostos, mas só amanhã.

Nada pode aguardar. A adoração a Deus deve ser a prioridade absoluta de nossa vida. É importante destacar que nada aconteceria em nosso mundo se não fosse o Espírito que em nós habita. É por causa dEle que podemos nos reunir nesse momento, prestar atenção, avaliar e crescer no entendimento, apesar de sermos “tão pobres” na exploração de nossa espiritualidade.

 

Reflexão

A nossa adoração a Deus tem que ser em espírito e em verdade, isto é, com atitudes que se manifestam nas mais diversificadas situações; ao estender as mãos para os outros abençoando, bendizendo, e acima de tudo, sendo um referencial de Deus em todos os sentidos da vida.